quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hoje eu carrego um elefante nas costas.
Uma história, um sonho e uma mentira.
Eu ando devagar,
eu suspiro dolorosamente.
Eu sinto dor, amor, horror a cada passo.
Eu tenho o semblante carregado.
Sou a única criatura em preto e branco
nesse mar de infinitas cores em neon.
Hoje eu sou medo, alívio, decepção.
Sou a ferida de quem saltou ao desconhecido,
de quem pulou do penhasco.
Hoje eu sou ternura, tristeza, resignação.
Muito prazer,
eu sou a Desilusão.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Horizonte ou Com a chuva pesando em minhas costas

Chove muito desde cedo. Desde cedo eu estou andando, na chuva. Eu não tenho frio. Apenas quero seguir em frente, não olhar pra trás. Quero deixar tudo o que me aflinge. Quero me desfazer de todos os meus problemas. Metade dos meus problemas foram causados por você. Mas sem você eu teria o dobro deles. Será que eu te amo mais que odeio? Não sei. Não quero pensar. Só quero andar. Sempre em frente. Só o horizonte me interessa. Está escuro. No caminho eu vejo um vulto. Não sei ao certo se é uma pessoa. Não me importa. E eu sigo em frente. Com a chuva pesando em minhas costas. A chuva é, agora, a minha fiel companheira. E eu ando mais. Avante, sem temores, sem receios, sem ninguém. Caminho mais devagar agora. Eu reconheço esse lugar. Estou de volta. Estou em casa. Onde você, que é causa dos meus problemas, me espera. Pra resolver todos eles.