quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Leve

Que lástima! Nem sei como foi acontecer, mas o fato é simples: perdemos o fio que nos unia. Perdemos aquele encanto do começo. Teu olho nem brilha mais... Perdemos o fio da meada. Perdemos o fio que nos unia. Pior do que não saber por onde começar é não saber por onde recomeçar. Me sinto triste e ao mesmo tempo leve. Leve...Vá e leve tudo de bom que há em mim. Que eu sobrevivo com o resto. Saudades? É, elas se farão presentes, sim. É uma pena, mas sabemos que em breve seremos apenas passado um do outro. E passado esse tempo, nossas dores nem serão tão dores assim. Algumas coisas vão ficar. Uma música, talvez. Não sei. Algum lugar ou jeito de falar nos vai fazer lembrar de "nós". Eu sei que vou sentir frio no começo, quando meus pés gelados não encontrarem mais os teus sob os lençóis. É imensidão o teu lado da cama sem ti! As noites parecem ser mais escuras e longas hoje em dia. É o preço. Do jeito que vamos não vamos a lugar algum. Entre nós se formou um abismo. Onde corre um rio. Rio de incertezas, inverdades, ignorância. Não quero mergulhar nesse rio, acho que nem você. Não quero te ver se perder nessas águas. Por isso te perco aqui, então. Agora eu sofro, eu bem sei. Mas o tempo é a cura e a causa de tudo. Vou me entregar ao tempo. Vamos guardar apenas o que há de bom em nós. Vá ser feliz você também. Adeus, amor.

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